domingo, 7 de junho de 2009


PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA ACASALAMENTO DE CANÁRIOS
A primeira regra a ser seguida é o acasalamento de um pássaro Intenso com um Nevado. O pássaro Intenso tem a plumagem mais curta e mais resistente, mostrando sua cor predominante de forma mais acentuada, ao passo que o pássaro Nevado tem a plumagem mais longa e mais macia, demonstrando a cor predominante de maneira mais esmaecida.Em razão do tipo de plumagem o pássaro Intenso aparenta ser menor que o pássaro Nevado devido justamente pelo tamanho das penas.O acasalamento de dois pássaros Intensos provoca nos filhotes uma redução exagerada da plumagem e consequentemente prejudica sua aparencia devido as penas desalinhadas (duras e mais curtas); O inverso, isto é, o acasalamento de dois pássaros Nevados faz com que os filhotes gerados tenham plumagem maior e mais macia que o normal apresentando-se com tamanho além do padrão e facilitam o aparecimento de cistos (bolas na pele) que nada mais são que as próprias penas que não conseguem passar pelos poros da pele do pássaro.Outro princípio a ser seguido é o acasalamento de pássaros de cor de fundo Branco Dominante ( Azuis; Prateados e Brancos) sempre com pássaros Nevados pois os Dominantes são considerados Intensos. O acasalamento de dois pássaros Dominantes não é aconselhavel pois alguns ovos não eclodem, causam a morte de filhotes nos primeiros dias de vida e alguns dos sobreviventes ficam com excesso de amarelo nas laterais das asas além de terem seu tamanho diminuido.No caso de pássaros com Topete (Gloster; Crest; Lancashire; Fiorino; etc.), um dos parceiros necessariamente não pode ter Topete, para evitar deformações do topete dos filhotes gerados com esta caracteristica.Evitar o acasalamento de dois canários Lizard com cúpula perfeita para evitar que os filhotes gerados apresentem-se com a cúpula além dos limites adotados como padrão da raça.É possível o acasalamento de canários pai com filha e/ou mãe com filho porém esta pratica deve ser bem controlada para evitar-se uma consanguinidade mais estreita. Nunca acasalar dois irmãos pois os filhotes poderão ser gerados com deformações graves. A última regra de acasalamento, mas também de grande importancia é a utilização de macho e femea dentro do tamanho padrão para que sejam evitados filhotes pequenos ou grandes demais.

Texto retirado do site http://www.petbr.com.br/

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Afinal, qual é a melhor mistura de sementes?

Marcos March
Arquivo editado em 09/09/2001

A primeira coisa que devemos ter em conta, nunca é demais lembrar, é que os canários são granivoros e, como tal, sua alimentação principal deve ser baseada em grãos.

Entra ano, sai ano e os criadores continuam com sérias dúvidas sobre a melhor mistura que devem dar à seus pássaros. As misturas importadas, atualmente com grande oferta, enchem os olhos de alguns criadores pela variedade de sementes. Já outros, acham que a mistura é muito “forte” para nosso clima e por aí vamos.
O que se observa é que a maior parte das opiniões são de “achismos” (não está no dicionário). Eu acho isso, fulano acha aquilo... etc. Embasamento científico que é bom ..., nada.
O objetivo deste artigo, não é dar aos pássaros (farinhada maçã, jiló, banana, chicória... etc.). Nossa meta é dar ao criador ferramentas que lhe permitam formular uma mistura ideal de sementes.
Para prepararmos essa mistura, temos, antes de mais nada, conhecer a composição das sementes que a compõem, a composição da farinhada; outros alimentos fornecidos aos pássaros e finalmente as necessidades das aves.
Por último, temos que levar em conta as quantidades máximas de certas sementes e alimentos que a partir de certos limites, não são tolerados por nossos pássaros (contém princípios tóxicos) Ex. linhaça, clara de ovo sem cocção... etc.
O primeiro dado, composição das sementes, podemos extrair da TABELA I, apresentada a seguir:

PRINCÍPIOS NUTRITIVOS – TABELA I
Composição percentual média
(Sementes com casca)


SEMENTES U PB G EN F C
Alpiste
8,7
16,6
6,4
49,0
11,6
5,9
Colza
8,0
19,8
45,0
18,0
5,9
6,8
Níger
5,0
23,0
38,0
13,0
16,0
5,0
Nabão
6,0
20,7
40,2
5,7
7,5
7,0
Linhaça
7,1
24,2
36,5
22,9
5,5
3,8
Aveis Descascada
8,5
11,3
8,7
68,4
1,5
1,6
Perilla
5,3
22,6
43,2
10,6
14,0
14,0
Painço
12,0
9,6
5,2
58,8
10,0
-
Alface
7,0
20,4
39,0
19,0
9,0
5,5
Papoula Azul
9,0
19,0
45,0
18,0
-
-
Canhamo
8,9
18,2
32,6
21,8
15,7
9,3

U=Unidade - PB=proteina bruta - G=graxa - EN=extrativos não hidrogenados - F=fibra - C=cinzas

Exemplo de utilização da TABELA I

Determinado criador utiliza as seguintes sementes na sua mistura:

1000 grama de alpiste
150 gramas de colza
150 gramas de níger

1300 total mistura

“primeiro passo”
Dividir o peso de cada tipo de semente pelo peso total da mistura (1.300 g) para encontrar o percentual de cada uma em relação ao volume. Assim temos:
Alpiste – 76,92
Colza – 11,53
Níger – 11,53

“segundo passo”
Devemos construir o quadro que denominamos de TABELA II e lançar na coluna 1 o percentual de cada semente que compõe a mistura.

“terceiro passo”
Devemos transferir da TABELA I os valores de PB, G e EM das sementes que compõe a mistura e lança-los nas colunas 2, 4 e 6 respectivamente.

“quarto passo”
Multiplicar o % de cada semente (col. 1) pelo % col. 2) para se obter a Proteína Bruta na mistura.

“quinto passo”
Somar os valores da colunas 3 (% proteína bruta na mistura), 5 (percentagem de gordura na mistura) e 7 (açucares na mistura) para determinar os teores de: proteína=7,67, gordura=14,46 e hidratos de carbono=40,20 da mistura analisada

TABELA II

Sementes % total % PB PB mistura % Gordura % G mistura % EN
Açucares mistura
Alpiste
77,0%
16,6
12,78
6,4
4,92
49,0
37,73
Colza
11,5%
19,6
2,25
45,0
5,17
18,0
2,07
Níger
11,5%
23,0
2,64
38,0
4,37
13,0
1,50
Totais
100%

17,67

14,46

40,30

Embora esta mistura esteja bem balanceada para período de muda com RN=41 (relação nutritiva) o teor de gordura de 14,46 está elevado. (O cálculo da RN será abordado no próximo artigo)
Neste caso devemos aumentar a quantidade de alpiste ou utilizar uma farinhada com baixíssimo teor de gordura.

O último aspecto que devemos levar em consideração é sabermos os limites máximos e
mínimos das necessidades nutricionais de nossos canários.


Limite máximo Limite mínimo
Proteínas
24%
12%
Gorduras
13%
3%
Açucares
60%
30%
Fibras
9%
3%

Estes limites variam de acordo com o estágio de vida dos canários. Temos necessidades diferentes para o crescimento ate 1 mês de vida, de 1 a 3 meses, animais em repouso, reprodução e na época da muda de penas.
Tanto as gorduras como os açucares fornecem a energia necessária ao organismo, sendo a restante armazenada em forma de gordura corporal.
Com 55% de hidratos de carbono (açucares) e + ou – 7% de gordura, se obtém energia suficiente, inclusive para recuperação de animais, débeis, desde que os demais componentes estejam em equilíbrio.
Não devemos esquecer que cada grama de gordura tem 2,5 vezes mais energia que uma grama de açucares.
Para finalizar gostaríamos de alertar que não adiantará absolutamente nada fazer estas contas se o criador não fornece as sementes adequadamente.
Vejamos no nosso exemplo: dos 100% da mistura, a níger e a colza participam com 11,5% x 2=23%. Já o comedouro da gaiola de cria comporta + ou – 50 gr de mistura. Desde que sejam bem misturadas podemos afirmar que no comedouro de 50 g. tem 11,5 gramas de colza níger. Como o passarinho come por dia + ou – 4 gramas de sementes ele pode escolher somente níger e a colza e daí, o balanceamento foi para o espaço!
O que devemos fazer é colocar pouca quantidade de mistura no comedouro, isto é, o necessário para ser consumido num dia e só reabastecer quando o pássaro houver comido tudo.


Retira do site:www.canarilvalenca.com.br

Visite tambem:www.uno.org.br

Esta é uma das minhas cores preferidas(feo rubino marfim nevado macho)

Uma de minhas paixões

Vou começar a postar fotos e artigos relacionados a canaricultura,espero que gostem!!